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POR ONDE ANDA? – Andrea Santos

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No Por Onde Anda? de hoje conversamos com Andrea Aparecida Ramos e Santos, médica formada pela primeira turma da FUNORTE. Ela nos conta sobre sua trajetória profissional, incluindo seu trabalho atual como médica do trabalho e preceptora em Montes Claros. Andrea compartilha suas experiências com especializações em Medicina do Trabalho, Medicina de Família e Comunidade, e Dermatologia Clínica. Além disso, discute a preparação recebida durante a graduação, as expectativas e surpresas da vida pós-formatura, e oferece conselhos para estudantes que estão prestes a se formar na área.

Qual é a sua situação formal de trabalho no momento?
Com vínculo empregatício em mais de uma Instituição da rede privada.


Quanto tempo após a colação de grau você levou para se inserir no mercado? A que você atribui esse tempo para inserção no mercado?
Eu esperei cerca de 2 meses, pois como sou egressa da primeira turma de medicina da FUNORTE houve esse tempo até liberar o CRMMG (Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais) para os formandos. Esse tempo foi devido à burocracia do CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA/CRMMG.


Você se considera bem-sucedido profissionalmente?
Com certeza sim. Após 13 anos de formada, já tenho título de especialista pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT )como médica do trabalho, título de especialista pela SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade) como médica de família e comunidade. Além de especialização em dermatologia clínica. Hoje atuo como preceptora de semiologia clínica, semiologia digestório e respiratória e atendimentos de cuidados com a pele, cabelos e unhas. Além disso, sou médica do trabalho em uma instituição particular AEC (Centro de contatos S/A – Relacionamento com Responsabilidade de Montes Claros/Minas Gerais).


Se você pudesse optar novamente, escolheria a mesma profissão?
Com certeza sim. Sou graduada em Educação Física pela Universidade Estadual de Montes Claros/ UNIMONTES, mas ainda não era meu sonho! Abri mão de um concurso público como professora de Educação Física para cursar medicina. Não me arrependo em nenhum momento. Corri atrás para concretizar meu sonho de me formar em medicina. Hoje, atuo realizando atendimentos na clínica escola da FUNORTE e em uma instituição particular de Montes Claros, como médica do trabalho.

O ensino de graduação o preparou para a atividade exercida imediatamente após a formação?
Sim. Logo que recebi meu CRMMG fui trabalhar em uma comunidade rural em Francisco Sá, depois de 6 meses fui para Ibiracatu- MG onde completei 4 anos de atuação como Médica de família e comunidade. Em paralelo à atividade profissional eu realizava curso de especialização em Medicina do trabalho oferecido também pela FUNORTE. O ensino da faculdade foi de excelência, com práticas Curriculares desde o primeiro período com volume de pacientes satisfatórios. Como éramos da primeira turma, transitamos por vários hospitais e ESF(Estratégia de Saúde da Família de Montes Claros). Além de cumprir internato rural nas proximidades de Montes Claros em Itacambira, estágio esse que veio para nos preparar melhor para o mercado de trabalho. Todo apoio necessário é dado ao estudante durante a graduação e especialização.


Como você avalia a formação recebida no ciclo básico em relação ao exercício da profissão?
Adequada. Todo apoio necessário é dado ao estudante durante a graduação e especialização.


Quanto às expectativas versus a realidade da vida pós-formatura? Há algo que você não esperava ou que o surpreendeu?
A minha expectativa ao me formar era poder trabalhar na minha cidade natal, no entanto, demorou 4 anos para retornar. Pois entrar no mercado de trabalho em Montes Claros é mais complicado para quem não tem Registro de qualificação de especialista- RQE. Foi o tempo que demorei para me especializar. O que mais me surpreendeu foi poder realizar um atendimento humanizado na medicina e receber dos pacientes e alunos, uma eterna gratidão.

Deixe uma reflexão acerca de sua formação, como tem sido o exercício de sua profissão, o mercado de trabalho, as oportunidades, dificuldades, aspirações, etc.
Cuidar sempre, aconselhar quando possível, e curar quando necessário (Edward Livingston Trudea) Tão importante quanto conhecer a doença que o homem tem, é conhecer o homem que tem a doença (Osler).


Qual conselho você daria para os estudantes que estão prestes a se formar em sua área?
Eu orientaria para que após formar já iniciarem atendimentos e manter o rigor científico em seus estudos, mas não perca de vista a empatia e a compaixão no cuidado do paciente.


Por Camila Brígida Barbosa

02/09/24